CAMILA MARQUES para a Folha Online
Desde a popularização dos computadores, principalmente no ambiente escolar, alguns bancos vêm oferecendo linhas de crédito especiais para incentivar os professores a comprar o equipamento. Em parceria com o poder público, caso da Nossa Caixa (apenas em São Paulo) e do Banco do Brasil (em todo o país), instituições oferecem financiamento com juros menores do que o mercado.
Atualmente, um computador para uso básico (disco rígido de 40 GB, Memória RAM de 256 MB, monitor de 15", com CD Rom, caixas de som, teclado e mouse), que dá acesso à internet, edita textos e tenha o sistema operacional Windows, custa em média R$ 1.800, com nota fiscal e certificado de garantia --a apresentação da nota fiscal é uma das regras para aprovar o financiamento.
Apesar da possibilidade de financiamento, especialistas destacam que muita gente, e não apenas professores, ainda prefere comprar o computador "por partes". Neste processo, técnicos na área adquirem separadamente as peças que formam o hardware (item mais caro da máquina) e o montam eles próprios.
Nessa situação, cada item é de uma marca diferente e o usuário não tem garantia nenhuma. O mesmo ocorre com os softwares, que costumam ser piratas ou copiados de CDs de instalação. Essa alternativa pode gerar uma economia de até R$ 500, segundo técnicos.
Confira os bancos que possuem linhas de crédito para atender educadores.
BANCO DO BRASIL
Programa: O Proger Urbano - Professor (Programa de Geração de Emprego e Renda) é uma parceria entre os ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego e o Banco do Brasil.
Quem pode participar: Professores do ensino fundamental e médio que estejam em efetivo exercício e tenham renda bruta mensal de até R$ 2 mil.
Como funciona: O professor deve apresentar comprovante de renda e orçamento (a carta-consulta é fornecida pelo próprio banco) do computador, impressora ou scanner, sendo que uma certa de crédito será emitida em nome da loja que venderá a mercadoria. É preciso ter conta-corrente em uma agência do BB. São financiados equipamentos novos, de fabricação nacional, com certificação Iso-9000.
Valor máximo: Até R$ 3.000. O parcelamento pode ser feito em até 36 meses com juros de 1,4% ao mês. Cada parcela não pode ultrapassar 25% da rensa bruta mensal do beneficiário.
Beneficiados: 70 mil professores no país entre abril de 2000 e setembro de 2004. Em São Paulo, 8.210 professores utilizaram a linha de crédito.
NOSSA CAIXA
Programa 1: Capacitação de Professores
Quem pode participar: Professores efetivos e em exercício na rede pública estadual de São Paulo.
Como funciona: O programa dá crédito de R$ 1.000 para que o professor possa adquirir um computador. O restante é parcelado pela Nossa Caixa por meio de uma linha especial de financiamento, que reduz os juros de 2,8% para 2% ao mês. A barreira é que esta linha é aberta de tempos em tempos, tendo os interessados que se cadastrar e então esperar a liberação.
Valor máximo: Não há. A única regra é de que cada parcela do financiamento adicional não seja maior que 30% do salário líquido do professor.
Beneficiados: Na sua primeira fase, em 2003, o programa concedeu crédito a 49.500 professores. A segunda etapa, em andamento, tem 12.841 inscritos. Ao todo, a rede estadual de ensino em São Paulo possui 102.959 professores efetivos.
Programa 2: Banco do Funcionário Público
Quem pode participar: Qualquer funcionário público. É necessário ser correntista do banco, exceto funcionários do Estado de São Paulo.
Como funciona: É necessária a apresentação de RG, CPF, comprovante de residência atual, os três últimos comprovantes de salários e orçamento do aparelho desejado. Depois da aprovação, a Nossa Caixa emite uma carta de crédito nominal à empresa em que será feita a compra. O bem pode ser parcelado em até 36 vezes, com juros que variam de 2,10% a 2,80% ao mês.
Valor máximo: Não há. Ele varia de acordo com a renda do beneficiado --cada parcela não pode ser maior que 30% do salário líquido do interessado. As linhas de crédito também financiam acessórios de computador como impressoras e scanners.
Programa 3: Financiamento de Bens e Serviços
Quem pode participar: Qualquer pessoas, desde que seja correntista ou abra conta na Nossa Caixa.
Como funciona: É necessária a apresentação de RG, CPF, comprovante de residência atual, os três últimos holerites e orçamento do aparelho desejado. Depois da aprovação, a Nossa Caixa emite uma carta de crédito nominal à empresa em que será feita a compra. O bem pode ser parcelado em até 24 vezes, com juros que variam de 4,10% a 4,80% ao mês.
Valor máximo: Não há. Ele varia de acordo com a renda do beneficiado --cada parcela não pode ser maior que 30% do salário líquido do interessado. As linhas de crédito também financiam acessórios de computador como impressoras e scanners.
BANCO REAL
Programa: Financiamentos Educacionais - Microcomputador
Quem pode participar: Professores que recebem salários pelo Banco Real (conta-salário) ou cuja instituição em que trabalha seja parceira do banco. Caso o professor trabalhe em um escola não-parceira, o primeiro contato com o Real deve ser feito pela escola. O objetivo é fazer um acordo para que as futuras parcelas do financiamento sejam debitadas diretamente da folha de pagamento. Não é necessário ser correntista.
Como funciona: O professor precisa apresentar a nota fiscal do equipamento a ser financiado. Depois de aprovada, a linha financia até 100% do valor para os professores cujo débito ocorrerá em folha de pagamento e até 80% para quem tiver crédito-salário. O empréstimo pode ser dividido em 36 e 24 meses, respectivamente, com taxa de 2.35% ao mês. Acessórios não podem ser incluídos no programa.
Valor máximo: Não há. A parcela mensal não deve ser maior que 30% da renda bruta do professor.
Beneficiados: Cerca de 50 pessoas procuram o financiamento de computador ao mês no país. Atualmente, há 600 financiamentos em andamento.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Programa: Proger Professor (Programa de Geração de Emprego e Renda). Semelhante ao oferecido pelo Banco do Brasil, mas com algumas regras diferenciadas. Utiliza recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Quem pode participar: Professores de ensino fundamental ou médio, atuantes em sala de aula, das redes pública e privada de ensino, conforme regulamentação do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), com renda bruta máxima de R$ 2.000.
Como funciona: O professor procura uma agência da Caixa e se cadastra. Se for aprovado, ele terá que elaborar e apresentar um Plano de Negócios --no caso, quanto custa o computador que pretende comprar. A Caixa analisa a viabilidade do plano e a capacidade de pagamento do professor. Os equipamentos de informática devem novos, adquiridos de fabricantes que possuam o certificado ISO 9000 e utilizem mão-de-obra nacional, sendo vedada a importação.
Valor máximo: A Caixa financia até 90% da nota fiscal de aquisição dos equipamentos, cujo valor é limitado a R$ 3.000. O bem pode ser financiado em até 18 meses.
Beneficiados: A Caixa Econômica Federal não informou o número de pessoas que já utilizaram a linha de crédito.
Desde a popularização dos computadores, principalmente no ambiente escolar, alguns bancos vêm oferecendo linhas de crédito especiais para incentivar os professores a comprar o equipamento. Em parceria com o poder público, caso da Nossa Caixa (apenas em São Paulo) e do Banco do Brasil (em todo o país), instituições oferecem financiamento com juros menores do que o mercado.
Atualmente, um computador para uso básico (disco rígido de 40 GB, Memória RAM de 256 MB, monitor de 15", com CD Rom, caixas de som, teclado e mouse), que dá acesso à internet, edita textos e tenha o sistema operacional Windows, custa em média R$ 1.800, com nota fiscal e certificado de garantia --a apresentação da nota fiscal é uma das regras para aprovar o financiamento.
Apesar da possibilidade de financiamento, especialistas destacam que muita gente, e não apenas professores, ainda prefere comprar o computador "por partes". Neste processo, técnicos na área adquirem separadamente as peças que formam o hardware (item mais caro da máquina) e o montam eles próprios.
Nessa situação, cada item é de uma marca diferente e o usuário não tem garantia nenhuma. O mesmo ocorre com os softwares, que costumam ser piratas ou copiados de CDs de instalação. Essa alternativa pode gerar uma economia de até R$ 500, segundo técnicos.
Confira os bancos que possuem linhas de crédito para atender educadores.
BANCO DO BRASIL
Programa: O Proger Urbano - Professor (Programa de Geração de Emprego e Renda) é uma parceria entre os ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego e o Banco do Brasil.
Quem pode participar: Professores do ensino fundamental e médio que estejam em efetivo exercício e tenham renda bruta mensal de até R$ 2 mil.
Como funciona: O professor deve apresentar comprovante de renda e orçamento (a carta-consulta é fornecida pelo próprio banco) do computador, impressora ou scanner, sendo que uma certa de crédito será emitida em nome da loja que venderá a mercadoria. É preciso ter conta-corrente em uma agência do BB. São financiados equipamentos novos, de fabricação nacional, com certificação Iso-9000.
Valor máximo: Até R$ 3.000. O parcelamento pode ser feito em até 36 meses com juros de 1,4% ao mês. Cada parcela não pode ultrapassar 25% da rensa bruta mensal do beneficiário.
Beneficiados: 70 mil professores no país entre abril de 2000 e setembro de 2004. Em São Paulo, 8.210 professores utilizaram a linha de crédito.
NOSSA CAIXA
Programa 1: Capacitação de Professores
Quem pode participar: Professores efetivos e em exercício na rede pública estadual de São Paulo.
Como funciona: O programa dá crédito de R$ 1.000 para que o professor possa adquirir um computador. O restante é parcelado pela Nossa Caixa por meio de uma linha especial de financiamento, que reduz os juros de 2,8% para 2% ao mês. A barreira é que esta linha é aberta de tempos em tempos, tendo os interessados que se cadastrar e então esperar a liberação.
Valor máximo: Não há. A única regra é de que cada parcela do financiamento adicional não seja maior que 30% do salário líquido do professor.
Beneficiados: Na sua primeira fase, em 2003, o programa concedeu crédito a 49.500 professores. A segunda etapa, em andamento, tem 12.841 inscritos. Ao todo, a rede estadual de ensino em São Paulo possui 102.959 professores efetivos.
Programa 2: Banco do Funcionário Público
Quem pode participar: Qualquer funcionário público. É necessário ser correntista do banco, exceto funcionários do Estado de São Paulo.
Como funciona: É necessária a apresentação de RG, CPF, comprovante de residência atual, os três últimos comprovantes de salários e orçamento do aparelho desejado. Depois da aprovação, a Nossa Caixa emite uma carta de crédito nominal à empresa em que será feita a compra. O bem pode ser parcelado em até 36 vezes, com juros que variam de 2,10% a 2,80% ao mês.
Valor máximo: Não há. Ele varia de acordo com a renda do beneficiado --cada parcela não pode ser maior que 30% do salário líquido do interessado. As linhas de crédito também financiam acessórios de computador como impressoras e scanners.
Programa 3: Financiamento de Bens e Serviços
Quem pode participar: Qualquer pessoas, desde que seja correntista ou abra conta na Nossa Caixa.
Como funciona: É necessária a apresentação de RG, CPF, comprovante de residência atual, os três últimos holerites e orçamento do aparelho desejado. Depois da aprovação, a Nossa Caixa emite uma carta de crédito nominal à empresa em que será feita a compra. O bem pode ser parcelado em até 24 vezes, com juros que variam de 4,10% a 4,80% ao mês.
Valor máximo: Não há. Ele varia de acordo com a renda do beneficiado --cada parcela não pode ser maior que 30% do salário líquido do interessado. As linhas de crédito também financiam acessórios de computador como impressoras e scanners.
BANCO REAL
Programa: Financiamentos Educacionais - Microcomputador
Quem pode participar: Professores que recebem salários pelo Banco Real (conta-salário) ou cuja instituição em que trabalha seja parceira do banco. Caso o professor trabalhe em um escola não-parceira, o primeiro contato com o Real deve ser feito pela escola. O objetivo é fazer um acordo para que as futuras parcelas do financiamento sejam debitadas diretamente da folha de pagamento. Não é necessário ser correntista.
Como funciona: O professor precisa apresentar a nota fiscal do equipamento a ser financiado. Depois de aprovada, a linha financia até 100% do valor para os professores cujo débito ocorrerá em folha de pagamento e até 80% para quem tiver crédito-salário. O empréstimo pode ser dividido em 36 e 24 meses, respectivamente, com taxa de 2.35% ao mês. Acessórios não podem ser incluídos no programa.
Valor máximo: Não há. A parcela mensal não deve ser maior que 30% da renda bruta do professor.
Beneficiados: Cerca de 50 pessoas procuram o financiamento de computador ao mês no país. Atualmente, há 600 financiamentos em andamento.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Programa: Proger Professor (Programa de Geração de Emprego e Renda). Semelhante ao oferecido pelo Banco do Brasil, mas com algumas regras diferenciadas. Utiliza recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Quem pode participar: Professores de ensino fundamental ou médio, atuantes em sala de aula, das redes pública e privada de ensino, conforme regulamentação do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), com renda bruta máxima de R$ 2.000.
Como funciona: O professor procura uma agência da Caixa e se cadastra. Se for aprovado, ele terá que elaborar e apresentar um Plano de Negócios --no caso, quanto custa o computador que pretende comprar. A Caixa analisa a viabilidade do plano e a capacidade de pagamento do professor. Os equipamentos de informática devem novos, adquiridos de fabricantes que possuam o certificado ISO 9000 e utilizem mão-de-obra nacional, sendo vedada a importação.
Valor máximo: A Caixa financia até 90% da nota fiscal de aquisição dos equipamentos, cujo valor é limitado a R$ 3.000. O bem pode ser financiado em até 18 meses.
Beneficiados: A Caixa Econômica Federal não informou o número de pessoas que já utilizaram a linha de crédito.
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